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BENEFÍCIOS DA TERAPIA ONLINE
As suas sessões de terapia podem ser feitas da sua casa, escritório ou em qualquer outro lugar que ache confortável e que consiga manter sua privacidade. O consultório é somente um espaço físico que pode ser reinventado por você.
A consulta virtual é 100% protegida, sigilosa e ética. Atendendo todas as regulamentações do Conselho Federal de Psicologia.
A terapia online se assemelha muito a terapia presencial, sendo altamente eficiente e muitos estudos atestam isso. Os resultados obtidos são os mesmos, o que importa é o vínculo que iremos estabelecer e que você se sinta seguro para compartilhar suas questões.
Muitas vezes sem perceber as pessoas repetem padrões em suas vidas que as fazem mal, seja em seus relacionamentos, trabalho e circunstâncias da vida em geral. Isso pode despertar uma sensação de que se está sempre andando em círculos e que as coisas sempre estarão da mesma maneira.
Porém, há uma solução! A chave para a mudança é o reconhecimento do que as mantém nessas mesmas situações onde somente mudam os personagens, mas a narrativa é sempre a mesma.
Com o trabalho da psicoterapia é possível mudar a rota e trilhar um novo caminho mais feliz
Quando não estamos bem emocionalmente isso atinge diretamente nossos relacionamentos, a forma como nos relacionamos e nos posicionamos frente a conflitos. Bons relacionamentos são construídos através da comunicação. Caso ela não exista ou contenha ruídos, os laços correm risco de se desfazerem ou deteriorarem com o tempo.
A terapia também ajuda você a melhorar essa área, te ajuda a compreender mais a si mesmo, seus sentimentos e escolhas.
Quando os acontecimentos e as situações vividas começam a ser perturbados pelo sofrimento emocional, é o momento de procurar uma ajuda especializada. A psicoterapia psicanalítica é essa ajuda que propicia, através da fala, uma reflexão sobre si mesmo, o autoconhecimento e um cuidado de si.
Um tratamento psicoterápico proporciona uma abertura para a investigação dos sentidos da própria vida, esses sentidos estão intimamente ligados às relações com as pessoas com as quais vivemos desde sempre e com as palavras que escolhemos para dizermos o que sentimos e o que pensamos.
Resgatar as histórias vividas oferece esse autoconhecimento e é um cuidado em relação a si mesmo. Algumas coisas podemos escolher, outras não, a liberdade pode ser melhor vivida reconhecendo essa diferença e respeitando-a em nossa vida.
Através da fala, podemos recordar, desconstruir e reconstruir sentidos para o vivido, encontrando em nós mesmos saídas para muitos impasses e desordens e conflitos dos quais nos queixamos.
As pesquisas mais recentes mostram que 85% das pessoas preferem a terapia online ou a acham tão boa quanto a presencial. Segundo o Conselho Federal de Psicologia, o acompanhamento online possui a mesma eficácia do acompanhamento presencial, além de ser mais em conta e não exigir deslocamentos.
A terapia pode servir para diversas funções: se conhecer melhor, cuidar da saúde emocional ou ajudar a lidar com situações de sofrimento psíquico. Algumas pessoas também optam por fazer terapia para melhorar o rendimento profissional, reduzir o estresse ou a ansiedade no dia-a-dia. Do ponto de vista clínico, a terapia passa a ser sugerida quando as suas atividades rotineiras estão sendo comprometidas por emoções negativas recorrentes e/ou sintomas físicos começam a aparecer.
O aplicativo adapta a qualidade da chamada à qualidade do dispositivo e da conexão disponível. Você também pode optar por seguir a consulta através de chamadas de áudio, caso o vídeo não esteja sendo conveniente.
Qualquer consulta poderá ser remarcada através do WhatsApp até uma vez, desde que a remarcação seja realizada até 24h antes do atual horário da consulta. Você poderá escolher um novo horário de acordo com a agenda disponível.
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Você irá aprender a lidar com as suas emoções mais desafiadoras
Você será encorajada a agir e enxergar mudanças concretas com o auxílio de uma profissional capacitada
Você terá um espaço só seu, para falar o que quiser, sem julgamentos
Sentir um sentimento que não quer sentir. Parece redundância, não é mesmo? A frase soa estranha e até meio sem sentido.
Pois um trauma é exatamente assim: um estranhamento mental às experiências ruins do passado — porque trazem, em certos momentos, lembranças muito desagradáveis. Para superá-las, é preciso uma nova postura, um novo olhar e a submissão aos tratamentos adequados a fim de minimizar os efeitos negativos desses tipos de traumas.
Nesse sentido, torna-se fundamental conhecer as terapias mais indicadas para vencer as desordens causadas por traumas e resgatar o controle das sensações relacionadas a esse problema. Mas o que é trauma psicológico e quais os principais tipos?
Neste post, você vai descobrir as respostas para essas e outras perguntas e conhecer as melhores alternativas para a recuperação emocional após eventos traumáticos. Confira!
Os traumas psicológicos surgem quando a pessoa passa por uma situação muito ruim, de degradação moral ou de experiência negativa, cujas lembranças se transformam em angústia e dor. Mesmo com o passar do tempo, as sensações experimentadas ficam retidas na mente e, diante de qualquer sinal que relacione com esse fato traumático, a pessoa revive a angústia e o sofrimento, como se aquilo estivesse acontecendo novamente.
Assim, os traumas podem ser entendidos como uma condição desfavorável ao controle das emoções, pois podem resultar em alterações comportamentais e refletir negativamente no modo de pensar e de agir.
As fobias são diferentes dos traumas, mas podem ser desencadeadas pelo efeito deles. Se, por exemplo, uma pessoa vivenciou ou sofreu algum risco de afogamento, ela passa a ter um medo excessivo de entrar na água. Essa insegurança, principal característica da fobia, acomete as funções cognitivas e metabólicas e as relações interpessoais.
Dessa forma, o paciente fóbico desenvolve outras dificuldades, como ansiedade, apreensão, transpiração intensa, taquicardia, náuseas, diarreia e outros sintomas, que podem se agravar e comprometer as relações familiares, afetivas e profissionais.
A vítima de assalto sofre uma pressão psicológica muito intensa enquanto está refém do criminoso. Em casos muito extremos, a exposição à vulnerabilidade e o medo da morte resultam em situações traumáticas difíceis de serem enfrentadas sozinho. Aquele momento de tensão é registrado na memória e pode ser lembrado numa situação semelhante ou relativa a essa experiência.
Os acidentes causam traumas porque sempre estão associados à dor, ao sofrimento e às perdas físicas ou materiais. A exposição ao risco de mutilações ou de incapacidade física permanente contribui para acentuar o quadro de instabilidade emocional.
Ao ter sua integridade física ameaçada diante de abusos sexuais, concretizados ou não, a vítima passa a necessitar de constante apoio familiar e profissional. Independentemente da idade ou do gênero, essa traumática experiência pode deixar marcas extremamente dolorosas, cujas lembranças negativas são de difícil superação.
Abortos resultam em traumas porque interrompem o sonho de ser mãe e o planejamento familiar do casal. Mesmo quando são provocados por motivos diversos, como a ausência de familiares ou pela rejeição do pai da criança, o medo e a insegurança deixam a mulher vulnerável ao sofrimento e ao desgaste psicológico.
Normalmente, as pessoas demoram cerca de um mês para se adaptarem a uma nova rotina. Mas, quando as mudanças são drásticas, repentinas e provocam sentimentos de perda, a adaptação não é tão simples assim.
Elas provocam sensações de fracasso, geram emoções negativas e impactam no desenvolvimento de quadros pós-traumáticos. Grandes prejuízos financeiros e desemprego exemplificam essas situações.
O fim de relacionamentos amorosos, como namoro, noivado ou casamento, pode resultar em reações emocionais adversas e causar prejuízos sentimentais condizentes com traumas. Além disso, ainda sinaliza bloqueios gerados por sentimentos de desconfiança e de insegurança, que podem influenciar nas próximas relações afetivas.
Uma das condições que caracterizam um dos tipos de traumas mais comuns é a morte de pessoas queridas, pois a saudade e a lembrança delas permanecem na memória. Esse sentimento de perda é muito doloroso e pode ser difícil superá-lo, caso não seja feito um tratamento adequado.
A boa notícia é que as situações descritas podem ser resolvidas, visto que existe tratamento para todos os tipos de traumas, independentemente da sua intensidade. O resultado da terapia está associado, normalmente, à escolha de um profissional capacitado, juntamente com a real decisão de se tratar, por parte do paciente/cliente.
Há duas etapas do tratamento psicanalítico em psicanálise: as entrevistas preliminares para conhecer o paciente, suas dores e desejos, e o processo analítico em si, que aprofunda e trata as questões identificadas.
O tratamento psicanalítico permite que as pessoas compreendam e resolvam conflitos emocionais inconscientes, melhorando a qualidade de vida, os relacionamentos interpessoais e o bem-estar psicológico.
A psicanálise é uma teoria psicológica e um método terapêutico criados por Freud no final do século XIX. É um tratamento psicanalítico que se concentra na exploração do inconsciente: em pensamentos, sentimentos, memórias, impulsos e outros conteúdos mentais que não estão acessíveis à consciência. Os quais podem ser acessados através da análise dos sonhos, associações livres, lapsos e outras técnicas.
O objetivo do tratamento analítico, é ajudar o paciente a desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmo e dos problemas emocionais, psicológicos ou comportamentais que possa estar enfrentando. Através do processo de análise, o paciente é encorajado a explorar seus pensamentos, sentimentos, memórias e experiências inconscientes, a fim de compreender sobre si mesmo e sobre os padrões de pensamento e comportamento que podem estar contribuindo para suas dificuldades.
No entanto, os objetivos específicos do tratamento analítico podem variar de acordo com as necessidades e metas individuais de cada paciente.
A psicanálise é usada para tratar uma ampla gama de problemas psicológicos, incluindo angústia, ansiedade, depressão, luto, traumas, transtornos alimentares, entre outros.
A psicanálise tem como proposta de trabalho operar sobre algo que é em si impalpável, intangível e invisível: o inconsciente humano. As técnicas psicanalíticas objetivam conhecer e entender a causa de uma série de sintomas, ansiedades, tensões e problemas internos, que afetam a vida das pessoas.
A grande contribuição de Freud foi sem dúvida o seu conceito a respeito do inconsciente, propondo com suas duas tópicas um modelo estruturante para a mente humana.
Podemos entender as duas etapas do tratamento psicanalítico a partir de uma leitura da primeira construção teórica de Freud.
Na primeira tópica (de 1900, capítulo 7 da Interpretação dos Sonhos), Freud propôs a seguinte divisão para o aparelho psíquico humano: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente.
O Consciente inclui tudo que o indivíduo percebe no momento, tudo sobre o qual ele tem consciência a respeito.
No Pré-Consciente situam-se os elementos que não estão conscientes, mas que são facilmente acessíveis por ele.
Já o Inconsciente abarca os elementos psíquicos que são dificilmente ou até mesmo impossíveis de serem acessados.
As etapas do tratamento psicanalítico teria como objetivo, portanto, burlar as defesas que o Ego impõe. Essas defesas são barreiras que impedem o paciente e o analista de alcançarem as causas inconscientes que geram os sintomas.
A partir de 1923, Freud desenvolve a segunda tópica, denominada estrutural, com foco nas funções das partes da psique e da forma como funcionam e se relacionam. Essas partes são o Id, o Ego e o Superego.
O id relaciona-se com os impulsos instintivos e com os desejos enquanto que no outro extremo, por assim dizer, temos o Ego.
O ego procura mediar os impulsos do Id e a relação com o mundo externo.
O superego é formado pela moralidade e pelas aspirações ideais, bem como o conjunto aprendido de regras e normas socialmente aceitáveis.
É o Superego a principal influência na repressão de memórias e eventos inaceitáveis (segundo a ótica e os padrões morais do Superego) para os “porões” do inconsciente.
A passagem do inconsciente ao consciente é a essência do trabalho em Psicanálise. Compreender isso é fundamental para identificarmos as fases do tratamento ou etapas do tratamento psicanalítico.
Freud demonstrou com seus estudos e com a sua prática que as causas daquilo que o paciente experiencia como incômodo, no momento presente, situa-se na época da primeira infância do indivíduo.
Nessa fase, os conflitos inerentes do desenvolvimento físico-psíquico-emocional-social foram mal resolvidos ou até mesmo nunca resolvidos.
Por serem conflitos insuportáveis ou inaceitáveis para o indivíduo, eles acabam sendo rechaçados para fora da esfera do consciente, ficando reprimidos no inconsciente. De “lá”, esses elementos reprimidos continuam a afetar a vida diária do indivíduo, transformando-se na raiz de seus sofrimentos físicos e psíquicos.
Durante o período de duração do tratamento psicanalítico, o psicanalista trabalha para conduzir o paciente à essa origem inconsciente dos seus males. O objetivo do trabalho psicanalítico é trazer os conflitos e traumas inconscientes à consciência.
A premissa aqui é de que ao tornar a causa consciente, a energia reprimida será resolvida e consequentemente os sintomas e a angústia cessarão.
Os dois principais eixos de trabalho, que formam o método psicanalítico são a livre associação de ideias e a interpretação dos sonhos. Adicionalmente, ao longo da terapia e por causa dela, devido à interação entre terapeuta e paciente surgem dois processos dignos de nota: a resistência e a transferência.
A técnica de associação livre de ideias consiste no ato do indivíduo sob análise associar, espontaneamente e sem nenhum tipo de autocensura, imagens, ideias e recordações (mesmo que sejam dolorosas e/ou embaraçosas). O objetivo é reconstruir o evento que acredita-se ser o causador dos sintomas e males atuais, trazendo-o à consciência do indivíduo, para produzir o efeito terapêutico desejado.
A técnica de interpretação dos sonhos é utilizada para esclarecer o conteúdo latente (inconsciente) do sonho, por meio da análise do conteúdo manifesto (visto e vivenciado durante o sonho). Essa técnica baseia-se no fato de que o que sonhamos é formado por manifestações de desejos inconscientes que se tornam latentes durante o sonho e que podem ser analisados e decodificados.
A transferência é uma forma de relação que surge entre o psicanalista e o paciente durante e por causa da análise. O indivíduo sob análise experiencia na relação com o psicanalista sentimentos cuja natureza é semelhante a que foi despertada e vivenciada com as figuras parentais, familiares e de relação (ex. pai, mãe, irmãos etc).
A transferência é de suma importância para a psicanálise, pois sem essa forte ligação afetiva, seja ela positiva ou negativa, os resultados da análise ficariam comprometidos e, possivelmente, não teriam valor terapêutico algum.
Entende-se por Resistência um estado de agitação emocional demonstrado pelo paciente, que indica que a análise aproxima-se de um acontecimento significativo que estava até então oculto no inconsciente.
A Resistência pode ocorrer em qualquer uma das etapas do tratamento psicanalítico.
Esse evento pode ser possivelmente a causa de seus sintomas atuais. Por tratar-se de recordações dolorosas e ameaçadoras, o paciente “resiste” a ir ao encontro disso com tentativas de bloqueio e com nítida hesitação.
A análise dos atos falhos – de linguagem (falhas na escrita, fala e leitura), de memória (esquecimentos) e de comportamentos (cair, quebrar, tropeçar etc) – é também importante, já que são também formas do inconsciente se manifestar no dia-a-dia do indivíduo.
Podemos dividir um tratamento psicanalítico em duas fases ou etapas bem distintas: a fase de entrevistas preliminares (que Freud chamava de “tratamento de ensaio”) e o processo psicanalítico em si.
O propósito da entrevista na psicanálise é a realização de uma sondagem que reúna dados e impressões suficientes para a determinação de uma hipótese diagnóstica acerca da queixa do paciente, além da identificação da estrutura de personalidade do mesmo (se neurose, perversão ou psicose).
Utiliza-se já na fase de entrevista a técnica de livre associação com esse fim em mente. Vale notar que a hipótese diagnóstica formulada pode divergir da queixa original do paciente. O paciente chega com uma demanda de amor ou de cura. Cabe ao psicanalista construir uma demanda de análise a partir disso.
Ao final da etapa de entrevistas, o psicanalista pode decidir se irá aceitar ou não o paciente. Vencida essa etapa, inicia-se a psicanálise em si, o “deitar-se no divã”. Nesse ponto, espera-se que a transferência esteja estabelecida ao menos em nível simbólico entre o psicanalista e o indivíduo sob análise.
Assim começa então a busca (ouso dizer: uma bela aventura) pelas causas profundas, pelos eventos e recordações recalcados e reprimidos, que são as causas da angústia e sofrimento do paciente para chegar-se à cura desejada, ao alívio esperado de sintomas.
Portanto, a entrevista (no início do tratamento) e a análise (o tratamento em si) são as duas grandes fases ou etapas do tratamento psicanalítico.
Se você se interessa pela terapia psicanalítica, tem interesse em entender com mais detalhes as etapas do tratamento psicanalítico e, quem sabe, tornar-se um(a) Psicanalista de atendimento clínico?
O que é o diagnóstico em psicanálise?
O diagnóstico em psicanálise sendo nomeado de diagnóstico orientado, visa a associação livre como parte do processo, investigando não apenas expressões fechadas de um possível adoecimento, mas suas possíveis causas inconscientes e sua relação associativa com o sofrimento, que nos possibilita a direção do tratamento.
Em psicanálise, o diagnóstico tem uma abordagem distinta daquela utilizada na psiquiatria ou na psicologia clínica tradicional. Não se trata apenas de categorizar sintomas segundo manuais como o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), mas sim de compreender a estrutura psíquica subjacente que organiza o funcionamento mental do sujeito.
A psicanálise, especialmente na tradição freudiana-lacaniana, trabalha com três grandes estruturas clínicas:
Neurose (ex: histeria e neurose obsessiva)
Psicose (ex: esquizofrenia e paranoia)
Perversão (entendida como uma estrutura, não como julgamento moral)
Essas estruturas não são doenças no sentido médico, mas formas fundamentais de organização do psiquismo frente à castração simbólica (a entrada na linguagem, na lei, no Outro).
O diagnóstico em psicanálise serve para:
Compreender como o sujeito se posiciona em relação ao desejo, à falta e ao Outro.
Guiar a escuta e a direção da análise, respeitando o modo singular de funcionamento do sujeito.
Não se trata de fechar o sujeito numa categoria, mas de abrir espaço para sua fala e singularidade.
O diagnóstico psicanalítico não é feito com questionários ou testes objetivos. Ele é construído ao longo do processo analítico, a partir da escuta:
Da forma como o sujeito fala (formas de linguagem, lapsos, contradições).
De como se relaciona com o analista (transferência).
Dos sintomas, sonhos, fantasias, atos falhos, etc.
Na psicanálise, o diagnóstico não é usado para rotular, mas para produzir efeitos clínicos, ou seja, possibilitar um percurso de subjetivação e elaboração do sofrimento. Há um forte compromisso ético com a escuta do sujeito como sujeito do inconsciente, não como portador de um transtorno.
Na psicanálise, a ansiedade (ou angústia) é compreendida de maneira muito diferente do senso comum ou mesmo da psicologia comportamental ou psiquiatria. Ela não é vista como um simples "sintoma a ser eliminado", mas como um afeto fundamental, uma manifestação do inconsciente, ligada a conflitos psíquicos profundos.
Freud inicialmente pensava a angústia como algo que resultava da repressão de conteúdos inconscientes. Depois, ele revisa essa ideia e propõe que a angústia é anterior à repressão: ela atua como um sinal de que algo perigoso está prestes a se manifestar no psiquismo, como um desejo recalcado ou uma ameaça à integridade do ego.
“A angústia não é sintoma, mas sinal.”
— Freud, “Inibição, Sintoma e Angústia” (1926)
Esse sinal prepara o ego para colocar mecanismos de defesa em ação. A ansiedade, então, tem uma função: proteger o sujeito de um conflito psíquico maior.
Jacques Lacan aprofunda o tema da angústia e diz algo muito forte:
“A angústia é o único afeto que não engana.”
Para Lacan, a angústia aparece não quando há falta, mas quando a falta falha, quando o Outro se torna demasiado presente, intrusivo ou enigmático. Por exemplo, quando o sujeito não sabe o que o Outro quer dele, o que o desejo do Outro implica.
Nesse sentido, a angústia está muito relacionada ao desejo, ao gozo e à castração simbólica — ou seja, à entrada do sujeito na linguagem e nas leis do desejo humano.
Na clínica, a psicanálise não busca eliminar a ansiedade com técnicas de controle, mas escutá-la como algo que fala. O sintoma é uma formação de compromisso, uma tentativa do inconsciente de dizer algo que o sujeito ainda não sabe de si mesmo.
A análise trabalha para:
Nomear a angústia (dar palavras ao que era vivido como puro afeto corporal ou confusão);
Localizar sua causa psíquica;
Reposicionar o sujeito frente ao desejo e à castração.
Visão psicanalítica da ansiedade
Não é um simples "sintoma a eliminar"
É um afeto que sinaliza conflito psíquico
Pode indicar que o desejo inconsciente está em jogo
Envolve o desejo do Outro e a relação com a castração
É escutada, interpretada e elaborada no processo analítico
Na psicanálise, a depressão não é reduzida a um transtorno químico ou a um estado emocional negativo. Ela é compreendida como a expressão de conflitos inconscientes — um sofrimento que tem sentido dentro da história subjetiva de cada pessoa. A escuta psicanalítica busca dar lugar à fala do sujeito, permitindo que ele descubra o que sua dor está tentando dizer.
Freud diferencia dois estados que parecem semelhantes:
Luto: reação normal à perda de um objeto amado. É doloroso, mas tem um fim. O sujeito sabe o que perdeu.
Melancolia (o que hoje pode ser chamado de depressão): também ligada à perda, mas de um objeto perdido inconscientemente. O sujeito não sabe exatamente o que perdeu. A autoestima está profundamente afetada.
"Na melancolia, a sombra do objeto caiu sobre o ego."
— Freud, “Luto e Melancolia” (1917)
O melancólico se identifica inconscientemente com o objeto perdido. Ao atacar o objeto (por raiva ou ambivalência), ele ataca a si mesmo. Daí o sentimento de culpa, autodepreciação e, em casos graves, ideação suicida.
A depressão pode se apresentar em diferentes estruturas clínicas:
Na neurose, aparece como resultado de um conflito entre desejo e lei, entre o que o sujeito quer e o que acredita que pode/quando se sente culpado por desejar.
Na psicose, pode aparecer como uma quebra simbólica, onde há falha na sustentação do Eu e do laço com o Outro.
Na perversão, é mais raro, mas pode surgir como colapso do mecanismo de defesa perverso.
O diagnóstico psicanalítico não classifica pela aparência dos sintomas, mas pela posição do sujeito em relação à linguagem, ao desejo, ao Outro e à castração.
Lacan via a depressão como uma renúncia do sujeito ao desejo. O deprimido pode estar em uma posição subjetiva onde o desejo do Outro o engole ou o paralisa. Ele se vê como objeto rejeitado ou descartado, muitas vezes tentando preencher um lugar impossível — como o de “salvar” o Outro, a mãe, o parceiro.
“O depressivo não se permite desejar. Ele paga o preço de sustentar o desejo do Outro.”
O foco da psicanálise não é suprimir o sintoma, mas escutá-lo como formação do inconsciente. O sintoma tem uma função, um sentido a ser desvendado.
O tratamento visa:
Dar lugar à fala e à escuta: o que está calado encontra espaço para se simbolizar.
Nomear a perda e seus significados inconscientes.
Reconstruir o laço com o desejo, saindo da identificação com o objeto perdido.
Deslocar o sujeito da posição de objeto ao de sujeito de desejo.
Psicanálise e Depressão
Sintoma com sentido inconsciente
Relacionada a perda e luto não elaborados
Implica identificação com o objeto perdido
Pode ser posição de "rejeitado" pelo Outro
Escuta e elaboração são o caminho, não o silenciamento do sintoma
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